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Atos de vandalismo prejudicam a operação dos coletivos

3 de fevereiro de 2017

Duzentos e trinta e quatro ônibus que compõem a frota municipal estão com bancos rasgados ou pichados. Esse é o reflexo de uma prática comum na cidade, o vandalismo, que gera prejuízo financeiro para as empresas e também impacta de forma negativa na rotina dos petropolitanos. Um coletivo danificado precisa de reparos e isso exige tempo. Quanto mais problemas ele apresenta, mais tempo ele fica parado para a realização da manutenção. O problema é mais frequente durante o ano letivo. Para tentar coibir os atos de vandalismo, as empresas estão ampliando o serviço de monitoramento, com a instalação de câmeras na parte de trás dos ônibus.

De acordo com o diretor da Turb Jean Moraes, um levantamento feito na empresa mostra que a cada ano crescem os gastos para reparar, principalmente, os bancos rasgados. Ao longo de 2015 foram comprados 240 metros do tecido, que reveste o assento dos bancos. No ano passado, esse número cresceu para 336 metros. Só em janeiro desse ano, a empresa já gastou 242 metros do tecido.Com relação ao custo, aumentou 52% de janeiro de 2015 para o mesmo mês desse ano.

Foto: Setranspetro

Carros rasbicados, papéis de bala e até o balaustre (local onde se apoia a mão) quebrado são alguns dos problemas enfrentados pelas empresas Petro Ita e Viação Cascatinha. Ricardo Cardoso de Mendonça, responsável pela oficina da Petro Ita, explicou ainda que o que dá mais trabalho para limpar são os chicletes jogados no chão. “É preciso colocar um ácido e depois fazer a raspagem porque ele gruda”, comentou.

Coordenador de manutenção da Cidade Real, Alberto Lourenço disse que nos ônibus da empresa o mais comum são bancos rasgados com estilete ou tesoura e as pichações. “Dependendo do problema que for ocasionado pelo vandalismo, o ônibus pode ficar até dois dias parado para conserto e limpeza”, explicou. O problema do lixo também é comum: “Por dia tiramos dois sacos de lixo, que equivalem a 200 litros, só varrendo os coletivos”, acrescentou.

O investimento em câmeras já apresentou resultado. Segundo o diretor da Cidade das Hortênsias Giancarlo Salvini, na empresa, o índice diminuiu consideravelmente depois que o trabalho de monitoramento foi intensificado.

Para o presidente da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), Maurinho Branco, este é um problema grave, que prejudica a plena operação dos ônibus e deve ser solucionado. “É importante que o passageiro entenda e conserve o bem público que serve à população diariamente. Durante a fiscalização que fizemos no fim do mês passado emitimos uma série de notificações às empresas por problemas gerados pela prática de vandalismo”, disse.

O Setranspetro destaca ainda que esse tipo de atitude é considerado crime. De acordo com o artigo 163 do Código Penal, a pena para quem destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia pode chegar a 1 ano e 6 meses. Quem for flagrado pichando ou depredando o ônibus pode ser obrigado a arcar com os custos do reparo. No caso de menores de idade, os pais respondem pelo crime. Com o objetivo de preservar o bem comum, os passageiros também podem contribuir, informando ao Disque Denúncia da Polícia Militar, pelos números 2242-8005, 2291-5071ou pelo whatsapp 98853-8202.